2 de dez. de 2018

irmā do meio e irmā mais nova

Terminando a trinca da família de bolsas nesse post, divido aqui as irmãs mais novas da bolsa de carteiro mostrada no último post do blog. O motivo de se fazer uma família de bolsas foi fazer uma para cada necessidade, usando assim o linho que encontrei pra me divertir nessa brincadeira.
O linho desta marca apresentava motivos diferentes em uma mesma linha de tons e textura, peguei três formando a minha família de bolsas: a irmã mais velha já mostrada aqui e eis a irmã do meio com mais detalhes...




A mochila nada mais é que uma versão mais combinada às suas irmãs da mochila que fiz no início deste ano. E agora um pouco mais de cachinhos da menina pra embelezar o post... :)









Ainda com traços tortos e sem muito domínio sobre o couro, me perdoo porque a vida também é imperfeita e mesmo assim linda.
E vamos à irmã mais nova:

Uma bolsa de viagem, compridinha, parece uma salsicha, eu sei, mas adoro ela assim!
A idéia de fazer essa bolsa foi pelo fato de que tenho muitos uniformes pra carregar pra trabalho já que trabalho num hotel e não dá pra eu, uma costureirinha, carregar isso tudo em sacolas, não é mesmo? Então, aumentei o grau de dificuldade e inspiração e consegui chegar nessa fofura abaixo:







Amanhã é dia de encher essa queridinha pra levar mais uniformes fresquinhos pro hotel:













17 de set. de 2018

bolsa de carteiro: a irmã mais velha.


Comecei a estudar Hotelaria em julho deste ano, num tipo de formação de escola técnica, onde se aprende a profissão em um estágio num hotel paralelamente freqüentando as aulas. Para toda a correria que tem sido a minha, a freqüente troca de uniformes correndo pelos departamentos do hotel e carregando livros e cadernos, me empenhei em costurar bolsas pra essa nova fase da vida, que explica a minha ausência aqui do bloguinho.
A irmã mais velha de três projetos (que vou mostrar aqui aos poucos) que me ajudaram nessa empreitada foi uma bolsa-carteiro. Ela vai me ajudar a carregar toda a tranqueira dos estudos na escola de profissões. Sempre achei esse tipo de bolsa elegante, prática e sabendo costurar, pude adaptar a idéia para as minhas necessidades, com compartimentos internos pro material que vou precisar em aula e no tamanho necessário pro meu fichário, além de ir  já pensando em compor o molde imaginando que possa usá-la pra carregar o notebook em alguma viagem ou qualquer oportunidade.


Não resisti ao charme desse fecho em forma de chave:




 A alça também recebeu novos acessórios cada vez mais presentes nas minhas costurices:






























O bom amigo couro artificial me ajudou a dar um toque mais sério à bolsa, ainda com cara de feito em casa  com meus pontinhos tortos e corte imperfeito:































Ansiosa pelas aulas, que começam pra valer em outubro, embora eu tenha me sentido já um tanto desconfortável perto de muita gente mais jovem que eu, que já alcancei 32 aninhos de vida. 

♥ Minha inspiração veio deste molde disponível pra venda on-line aqui em inglês: IThinkSew
♥♥ A minha lojinha online fechou porque o portal alemão DaWanda fechou em agosto deste ano e foi comprado pelo grupo Etsy, onde eu não gostaria de seguir com meu pequeno negócio por enquanto, além de estar precisando muito de mais tempo pra mim mesma ultimamente.
♥♥♥ Post da irmã do meio vem em breve! ;)

2 de jul. de 2018

o valor dos presentes





























Uma das amigas mais importantes da minha vida completou 40 anos essa semana. Bem no dia de seu aniversário e eu, uma jovem senhora e por isso, de memória já comprometida (hehehe), esqueci que era aniversário dela e lembrei horas antes da passadinha dela aqui em casa pra eu trocar um zíper quebrado de uma calça. E eu sem presente, cheia de coisas a fazer naquele dia de "folga" e pensei: "O que fazer? Preciso COMPRAR algo pra ela, COMPRAR algo que ela goste, COMPRAR que a surpreenda, COMPRAR que me satisfaça, COMPRAR algo que ela se identifique e que tenha cara de presente bom." 
Juro que não é preguiça ou pão-durice, mas ando descomplicando a vida e essa é uma das coisas que eu queria ter mais à mão nessa vida. 
Então, pensei nela, que não come açúcar, farináceos, adota uma dieta low carb e paleolítica. Chocolate, nem pensar. Ela estava pra chegar e pensei que como ela estuda pra ser Heilpratikerin (que nada mais é que uma médica sem diploma de medicina, que usa de alimentação funcional e terapia para curar seus pacientes), o presente vai ter que ter outro valor.

Plantei então rapidamente mudinhas de ervas que eu já tinha em pequenos vasos:





























Já que ela não come mais muita coisa, então vai mato mesmo! ;)
Corri na floricultura e pedi flores diversas, sendo assim a única coisa que comprei.





























Coloquei na jarra d'água e numa caixa de frutas, dessas de feira, quando compramos uma quantidade muitos morangos ou tangerinas...





























Enfeitei com lavandas de feltro que já passaram por aqui:






























Só pra dizer que tem algo meu aí, já que fiz essas lavandas e nunca usei. Ficaram guardadas à espera de algo. Acima, um comparativo de uma lavanda do meu jardim com a minha de feltro. Idênticas, não? :)

Ainda tinha espaço na caixa e eu olhando pra estante de livros que eu tinha. Lembrei de um comentário dela que nunca leu O Mundo de Sofia, de Jostein Gaardner. Coloquei o livro junto na caixa com um envelope que dizia que ali eu a presenteava algumas das coisas mais importantes da vida: as flores (alguma beleza a se apreciar e pra inspirar), saúde ( com as ervinhas que ela tanto estuda e aromatizam nossas refeições) e sabedoria, porque olha, aos 20 anos quando li O Mundo de Sofia, concluí que qualquer pessoa que não entenda muito de filosofia, ela aprende de tudo um pouco neste livro.





























Enquanto procurava enfeites nas minhas coisas, encontrei essa fitinha que ganhei de um pacote de produtos da marca Natura, cujos dizeres combinaram com o presente...






























...que foi junto no arranjo das flores:


Foi um alívio. Ela adorou e ainda pediu mais plantinhas do meu jardim. Enfim, um presente de verdade. Refleti ali sobre o valor dos presentes. Sobre o quanto presenteamos apenas para não faltar com as pessoas, pensando no que elas vão pensar, se vão aprovar um presente que não tem muito valor em dinheiro agregado, que muitas vezes são dados por uma certa obrigação social e cultural e não por um sentimento, uma identificação atribuída à pessoa. O quanto gastamos um dinheiro enorme pra impressionar, às vezes com uma embalagem repleta de material descartável, não reutilizável. Por que apelamos tanto ao dinheiro se a simplicidade pode descomplicar e tocar o coração da pessoa que o recebe? 

Depois ela me contou que não fui a única que dei plantas e ervas. Tá vendo? Bora descomplicar. 

25 de jun. de 2018

sapatinhos de casa





























Duas confissões:
1. Não tenho quase mais tecido, ando reaproveitando o pouco que ficou e me comprometi apenas a comprar tecido pra fazer roupa.
2. Sou uma jovem senhora de 32 anos, que tem o pé frio em pleno verão constantemente.

Usando as sobras do projeto de capuz com orelhas de coelho, que são tecidos quentes, a intenção era esquentar meus pés nesse princípio de verão e economizar com sapatinhos de casa. Sim, Hausschuhe são sapatos de casa. Populares em países de climafrio, ele é muito prático ao substituir as meias, serem laváveis também e ate pra ser usado com meia que é pra reforçar o quentinho dos pés. Sempre foi um excelente presente quando vou Brasil, geralmente em agosto, nas férias de verão das crianças aqui na Alemanha e inverno lá em São Paulo. Mas desta vez, foi mais um desafio, será que consigo fazer e não comprar mais? Além disso é uma ótima forma de ainda presenteá-los, sendo que eu que fiz.
































Como dito, os tecidos são restos do que usei pra um capuz com orelhas de coelho pro meu filho, feito meses atrás. Portanto, não são coloridos, o que me fez colocar um botões pra dar alguma graça aos sapatinhos. Além disso, usei tecidos já vistos na minha mochila e na bolsa da menina nas solas, que ainda vão ganhar anti-derrapantes depois deste post, muito vendido em lojas de lã pra quem tricota meias. 






























♥ A inspiração veio do blog Lauren Fabrications, que disponibiliza o tutorial e molde em inglês aqui.
♥♥ Uma curiosidade é que fiz o capuz de coelho para receber os coelhinhos que estamos criando no nosso jardim e não apenas para a páscoa, como na época em que fiz. Eles chegaram dias depois da publicação do post, por isso não os mencionei lá:

 

4 de jun. de 2018

flertando com o bordado moderno




























Às vezes é necessário praticar o desapego. Ele é libertador. Parece que tira toda a energia ruim da vida, renova, refresca. Avaliando a vida, os itens materiais e emocionais que moldam a minha existência de alguma forma, fui me desfazendo do que não me fazia bem, dos excessos ou do que não estava lá funcionando. Um desses campos da minha vida foi a lojinha, que está lá, aberta e sem dedicação. Observei que os quadrinhos bastidores não eram o meu forte em vendas e os reutilizei na minha casa, me dando tempo pra pensar na vida e descobrir um novo hobby que procrastinava há anos: o bordado moderno ou o bordado livre, desligando assim a máquina de costura por um tempinho.
Fui colecionando idéias em uma pasta sobre bordados no meu Pinterest. Reunida a proposta do que bordar, fui tentando aqui e ali alguns pontos, pesquisei, tanto na internet (sugestões no fim do post) como nas lembranças das tias bordadeiras do Nordeste. E assim flertando com o bordado moderno, eu me apaixonei.





























O que me recordo é que não me agradava muito é que minhas tias passavam o desenho pro tecido a ser bordado com papel carbono, o que deixava aquele traço azul visível. Pra evitar isso, usei papel de de seda pra transferir os desenhos pro linho, assim como a Gabi Donabella ensinou neste vídeo.































Foi justamente neste vídeo que aprendi a fazer este ponto francês de flor fofíssimo acima e muito presente nos meus quadrinhos.






























A Frida abaixo foi inspirada num bordado lindo da Bárbara Graves, onde ela mostra aqui alguns dos quadrinhos dela. Este foi o primeiro quadrinho que fiz. Apesar da flor central meio tortinha, ele foi pra parede:





























Vi muitos órgãos humanos, mensagens fortes, feministas e românticas nos quadrinhos. Não é à toa que o nome é bordado moderno, carrega expressão, a mulher forte de hoje, de opinião e indepente que nos tornamos:





























Modifiquei o desenho original dessa mocinha abaixo. A deixei sem boca. Achei melhor assim:












Este abaixo foi desenhado pela minha filha, amante de Handlettering, me concedeu esse pequeno "Hallo" pra eu cumprimentar quem chega a nossa casa:





























Cumprimentar quem chega porque os quadrinhos estão justo na entrada de casa, logo quando se abre a porta:





























Se você quiser mergulhar nesse mundo lindo, cheio de mensagens e significados do bordado moderno, aqui vão as minhas dicas:

♥ Canal Clube do Bordado no YouTube.
♥ Desenhos quase todos disponíveis no site da Juliana Mota.

♥♥♥ Se você percebeu a minha saída do Instagram, foi porque eu decidi viver sem redes sociais de um tempo pra cá e estou adorando. As minhas costurices serão SEMPRE divididas aqui e fico muito feliz com a sua visita. Obrigada. :)