primeira mochila de uma adulta

Eu voltei a usar bolsas. Antigamente, eram só bolsas de mão, carteiras. Os compromissos aumentaram ultimamente e uma bolsa de mão não tem sido suficiente. Para todos eles, fiz uma bolsa carteiro, menos colorida neste inverno, mas o peso dos livros do curso de italiano e o "tira e põe de volta" da bolsa me incomodou e favoreceu que eu esquecesse coisas importantes nessa troca constante. Resolvi fazer uma mochila apenas para o curso de italiano e deixar a bolsa carteiro pro dia a dia. Já faz tempo que vi o tutorial dela em oferta no site Makerist (só em alemão), onde se pode encontrar tutoriais diversos. O site tem uma comunidade muito interessante onde que se pode publicar tutoriais próprios e ganhar dinheiro na web vendendo-os, então gostei de saber que além de fazer a mochila pra mim, estou apoiando alguém por aí que está ganhando um dinheirinho extra com seu talento nas costurices pela internet.

Essa deve ser a primeira mochila que tenho na minha vida adulta. Mas nem na adolescência lembro de ter tido uma mochila. Foi estranho usar da primeira vez, mas gostei.

Com um design diferente de cortes retos, uso de couro artificial e outros acessórios novos pra mim, foi um desafio, mas cheguei a esse final aqui:

♥ A dona dos cachinhos e modelo nas fotos é minha filha de 13 anos.

♥♥ O molde tem 4 variações e é possível ver fotos das sugestões aqui, que eu provavelmente vou tentar ainda. ;)

meu traveler's notebook

De uns tempos pra cá, tenho tentado me desconectar digitalmente. Embora eu esteja aqui nutrindo um blog que é uma ferramenta de comunicação dependente de internet pra existir, esta é ainda a forma de me expressar que me faz bem. Após uma experiência estranha com a internet, um presente sentimento de nostalgia que carrego (talvez associado à distância do Brasil e dos meus queridos), venho tentado resgatar a magia dos nossos hábitos antigos, que tínhamos antes do aparelho celular existir. Desativei a função do despertador do telefone celular após ter comprado um despertador analógico, me dei de presente um relógio de pulso e parei assim, de espiar constatemente na tela do celular que horas são e adotei um hábito antigo de ter uma agenda. Junto com a agenda, mantive o meu diário. Sim, mantenho diários em 2018 e sempre tive pra pôr a cabeça em ordem, seja nos sentimentos, seja  nos planos. 

Vi, no blog da Juli, o Studio Hello Joy, a experiência dela com um lindo traveler's notebook que ela adquiriu por meio da A.Craft. Assim, lembrei rapidamente dessa descoberta quando me vi com dois caderninhos pra organizar a minha vida. Ao comprar couro pra costura recentemente, voltado na verdade pra costurar uma mochila, usei um pouquinho dele pra fazer a minha versão de um traveler's notebook, que nada mais é que uma capa resistente com um sistema de elásticos que comporta cadernos que depois de usados podem ser repostos. Aqui mantenho um planner para os compromissos da vida e do trabalho e um diário em tópicos, como um bulletjournal. Então, vou abrir o meu e mostrar como personalizei o meu:

Bolei um compartimento pra colocar cartas, receita de médico, coisinhas importantes que às vezes precisamos ter na bolsa às vezes.

Também revesti a parte interna com algodão pra sentir uma textura mais confortável quando o manuaseasse.

Claro que costurei uma etiqueta pra dar meu toque pessoal nele.

Abaixo, o sistema de elásticos que fixa o caderno à capa. Simples, rudimentar eu diria até, mas muito charmoso.

Após o nó reforçá-los na capa, fechei com miçangas pra decorar.

Chega de mostrar meus segredinhos. Fecho meu traveler's notebook com um laço e um pingente  de tesourinha junto ao nó. Aqui começo a organizar minha rotina no papel e na caneta. Como antigamente...

♥ Se você ficou com vontade de produzir o seu, recomendo o tutorial do site The Gadgeteer.

♥ Se você ficou com vontade de comprar um pronto pra você e brincar com as possibilidades de como personalizá-lo, recomendo uma visita ao site do A.Craft.

móbile de pássaros tropicais em feltro

A sobrinha ganhou bebê. Sim, minha sobrinha é mais velha que eu e tem mais filhos que eu. Coisas que acontecem quando se casa com um homem um tanto mais velho que você.

Cheguei até a comprar umas revistas com moldes de roupas de bebê, com a intenção de me desafiar na máquina de costura, e "fazer" o presentinho, mas confesso que fiquei desconfortável com o acabamento sem uma overloque em casa, aqueles pontos zigue zague que não são a mesma coisa e poderia incomodar um bebê que só chora e não se expressa, ai que aflição, deixei pra lá. Depois eu tento. 

Parti pra um presentinho de iniciante: um móbile com passarinhos tropicais, em feltro, sendo uma cacatua, um tucano e uma arara-azul, mas minha filha chamou de Rafael, Blu e Nigel, como uma referência ao filme Rio.  

Acredito que eu poderia ter caprichado mais, meu projeto parece tão tímido. Ali, apenas com feltro, uma moldura de quadrinho bastidor e baker's twine... caberia sim alguma coisa a mais. Não sei se foi a pressa porque o menino nasceu e eu não tinha nada. E comprar, comprar e comprar não é uma opção. Tenho tentado me desapegar da solução imediata de comprar tanto e pra tudo e encaixar meu hobby nessas oportunidades da vida. Para melhorar a sensação de simplicidade, adicionei um par de sapatinhos de jersey que também costurei para o bebê, que chegou a uma família onde ele já tem mais 2 irmãos:

O presente acompanhou outras costurices para os irmãos com estojinhos, lápis e itens de escola divertidos. Postei aqui há 5 anos o que fiz pro irmão do meio dessa família que acabara de nascer e para a mamãe. Espia lá! ;)